Nunca fugi da realidade. Sempre me abstraí de sonhos, de impossibilidades. Mas hoje, com maturidade acumulada aos dedos, noto que a irrealidade é deliciosa e poderosa.
Existem núvens de sensibilidade nos dias claros da vida. Existem ainda momentos genuínos que nos demonstram a grandeza dos Outros. Mas vejo, com algum pesar, que a verdadeira face do Outro é a demagogia, a tristeza e a sujidade de uma alminha impura que não cresce, apenas se revela fraca e pouco clara.
Não sou a Revolução. Não pretendo a Guerra de Ideais. Quero a verdade, a justiça e, acima de qualquer Castelo no Ar, ambiciono a calma de carácteres. Sou tudo o que os outros são com ou sem os Outros. Não sou igual nem diferente. Sou mais uma. Com conquistas e revezes. Não me julguem, não me atormentem, não me desapontem. Espero dos outros o que pretendo que esperem de mim: a irrealidade real da vida. Agradeço a sinceridade, a maturidade e o olhar justo de quem não tem medo de mim.
Abraço cada gesto e cada palavra de quem se atreve a ser Outro em Mim.
Caty.
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