O que sentes nos dedos é areia morta. Esse declinio de ser é paz. Quando o céu azul se abate sobre a mórbida frescura de já não ser, o barco dissolve-se na paisagem. O chão invisivel, onde outrora foste gente, cresce em rosas de porcelana. A sua inevitável queda parte-se em mil pedaços tristes. Sem cor. Então, sentas-te à beira-mar. Os pés nus, o coração despido. A mente vazia. Segues, indiferente. Desfolhando a vida agitada que corre nas tuas costas. Não sabes o mundo que desperdiças. Nem te interessa. És feliz no cume da montanha sonhadora. Ao olhares o céu vês o pássaro gigante que, em tempos passados, foi teu. A simplicidade dos gestos, a cor dos momentos, o prazer de estar. Tudo te é caro. Mas a genuidade de ser são violetas nos bolsos. É vida.
Caty.
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